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Se você é um usuário regular do Grindr, já conhece as possibilidades quase infinitas deste aplicativo de encontros para gays. E é que não existem apenas perfis com quem conversar, trocar fotos, conhecer ou ter qualquer tipo de relacionamento amoroso, também parece ter se tornado um verdadeiro mercado de trabalho. Ou melhor, em um lugar onde oferecendo todo tipo de serviços pagos, e não necessariamente sexuais Embora também existam os últimos…
Grindr Trades Place
É cabeleireira e está desempregada ou precisa de um salário? Bem por que não criar um perfil profissional no Grindr? Afinal, existem muitos usuários próximos (em centros urbanos) que verão seu perfil, com quem passam horas conectados e que eles possam contratar seus serviços. E, a propósito, você pode até encontrar o amor da sua vida. Ou a poeira da sua noite.
As pessoas por trás desses perfis nem sempre têm as coisas tão claras O taxista que o Sr. Avelain nos conta em seu primeiro vídeo de carreira do Grindr deixa claro que ele é hétero. Caso o resto dos homossexuais que visitam o aplicativo tenham algum tipo de intenção que não seja flertar com aquele perfil. Louco, hein? Mas ele está disposto a cobrar uma corrida e dar a você os assentos traseiros para que você possa se sujar e explorar todos os tipos de fantasias sexuais ao longo do caminho.Claro, que fique claro que uma coisa é realizar práticas sexuais homossexuais e outra muito diferente é olhar para práticas sexuais homossexuais. E isso todo mundo sabe. O ponto é que o serviço é oferecido e se você quer paquerar ou quer uma carona para casa, você pode fazer tudo no Grindr.
Mas a lista de trabalhos vai muito além. Faxineiras, massagistas (essa tem pano para cortar), psicólogas, preparadores físicos... Tem de tudo Uma variedade que dá gosto de ver, principalmente se você leve com humor as descrições de todos esses perfis. E é que existem situações estranhas, deslocadas e muito contraditórias. Sexo ou emprego? Por que escolher…
Massagens, prostituição e muitas drogas
O negócio do Grindr é vasto e talvez um pouco mais "obscuro" do que você pensa. Perfis profissionais para desempregados ou que precisam de um bônus? É até lógico.Transformar uma rede social em mercado de drogas e local de prostituição? Talvez atraia mais atenção. Mas acontece. E muito
Não é incomum encontrar perfis com o emoticon diamond no nick do nome. Não é um enfeite. É um símbolo muito claro de que os serviços prestados por aquele perfil são pagos. Mas, mais especificamente, para sugerir que se trata de serviços sexuais. Prostituição. A embarcação mais antiga do mundo também está presente no Grindr dessa forma relativamente sutil. E é que, se nem todos os usuários já o conhecem, poucos restam para descobrir que sua gentileza e vontade de satisfazê-los tem um preço. Novamente: se houver um emoticon de diamante por aí, prepare sua carteira.
Mas cuidado, drogas também estão circulando no Grindr. Também com referências e indicações sutis para quem as procura ou vende, e passando mais ou menos despercebido pelos demais.Você sabe o que são “os azuis”? Você conhece a referência “4:20”? Bem, se a única coisa que você conhece é o Popper, há todo um mundo de substâncias para descobrir. Você só precisa encontrar os revendedores que usam essas referências em seus perfis. Mas cuidado, aqui não tem só quem quer fazer negócio de compra e venda, tem também o mundo do chill, chemsex e muitas outras práticas em que as drogas são as protagonistas.
Público sempre online
O problema para os usuários do Grindr é que há pouco controle sobre esses perfis profissionais ou pseudo-profissionais que vivem aqui. E também não se controla que, em relação ao já abusivo que se insinuou no aplicativo nos últimos meses, agora também tenham que lidar com perfis falsos ou interessados em outras coisas muito diferentes de amor, sexo e conexões pessoais de todos os tipos.Uau, você vem paquerar e conhecer pessoas e se depara com um aplicativo extremamente comercial. Completo e serviços de pagamento.
O bom, para quem resolve discutir aqui sua carreira profissional ou busca uma renda extra, é justamente que o público está sempre presente. E é que, embora existam perfis que entram apenas para ver as mensagens recebidas, ou para fofocar um pouco sobre a zona por onde passam, muitos outros estão sempre a par do que se passa na rede social. Algo que significa que, seja por febre ou tédio, eles passam pelo perfil profissional criado. Público em potencial que sabe que não poderá exigir um serviço de alta qualidade porque, muito provavelmente, é um serviço mais barato que o normal. E quem sabe, depois de olhar tanto para um perfil de trabalho, ele até peça para ver o que ele oferece…
Uma situação relativamente insustentável.E é que, se os responsáveis pelo Grindr nada fizerem (a aplicação está neste momento nas mãos de uma empresa chinesa), tudo indica que os utilizadores acabarão por optar por recorrer a outras alternativas. Onde o não seja tão abusivo, onde haja controle sobre os perfis ou mesmo onde eles estejam aproveitando essa situação para oferecer um ano grátis de seus serviços pagos para atrair mais usuários. Este último é o caso do Scruff, cujos perfis e possibilidades são mais amplos do que no Grindr, mas que sempre se manteve como um aplicativo de uso secundário, mais fetichista e segmentado. Agora não é tão difícil encontrar os mesmos perfis da área no Grindr e no Scruff. Será preciso verificar se essas situações não acarretam o cancelamento desses usuários do primeiro.
No momento, não há necessidade de escolher, ainda mais quando você pode encontrar sexo, amor e serviços acessíveis no mesmo aplicativo. Um conceito muito chinês, por outro lado, mas que parece estar incomodando muitos usuários.É bom para rir, mas quando você está falando sério sobre conhecer novas pessoas, constantemente tendo que desligar ou gastar seus bloqueios fazendo com que perfis falsos desapareçam perde todo o significado