Este 2019 está sendo um ano especialmente tenso para a Huawei. Suas más relações com o governo dos Estados Unidos, com uma ameaça de bloqueio intermediária, fizeram o Hongmeng OS, o sistema da própria empresa, ressoar mais alto do que nunca. Desde o último dia 29 de junho, com o levantamento do veto de Trump, quem mais ou menos se fez a seguinte pergunta: o que acontecerá no final com o Hongmeng OS?
Catherine Chen, vice-presidente da Huawei, esclareceu as dúvidas. O executivo confirmou que a empresa continuará usando o Android em seus aparelhos e que o HongMeng OS será destinado ao uso industrial, e não ao público em geral. Chen também aproveitou a oportunidade para esclarecer que esta plataforma vem se desenvolvendo há muitos anos. Logicamente antes de seus problemas com os Estados Unidos, e que passou a considerar seu uso caso o Google finalmente lhe desse as costas, como planejado.
Em todo caso, uma vez que foi negado que a Huawei vai substituir o Android pelo HongMeng OS, resta saber o que acontecerá com o Harmony OS, patente registrada em 12 de julho pela empresa no Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia. Essa patente revelou que o Harmony OS poderia ser outro sistema operacional proprietário para os terminais do fabricante. Catherine Chen não deu qualquer resposta sobre isso. Quem sabe se a Huawei está realmente planejando criar seu próprio sistema para celulares de baixo custo no mais puro estilo Android One ou KaiOS?
O que é fato é que os usuários da empresa podem ficar tranquilos, o Android continuará dominando os celulares Huawei sem qualquer tipo de restrição ou veto. Isso significa que eles podem continuar a receber atualizações e baixar aplicativos por meio do Google Play. A notícia foi muito aplaudida pelo asiático, cujas vendas só na Espanha caíram 30% nos primeiros dias do anúncio do veto.