Apesar de a HTC não levantar a cabeça há algum tempo, a empresa não está jogando a toalha. Um relatório recente do Economic Times afirma que o fabricante está em negociações com empresas indianas como Micromax, Lava e Karbonn para licenciar sua marca e vender celulares da marca HTC neste país e em outros mercados emergentes. Essa decisão permitiria à empresa manter uma renda fixa com pouquíssimo investimento.
A HTC buscaria licenciar sua marca para produzir telefones celulares, tablets ou acessórios. Por sua vez, a associação permitiria que essas empresas se mantivessem ativas no competitivo mercado de smartphones em países emergentes, totalmente dominado por fabricantes chineses. De acordo com analistas, as marcas indianas estão em declínio desde 2015, passando de uma participação de 40% para menos de 10% hoje. Em todo caso, deve-se levar em conta que essas empresas, Lava, Karbonn ou Micromax, continuam carentes de hardware, software ou capacidade de P&D de que os gigantes chineses desfrutam neste país, por isso aproveitam uma marca quase morta como A HTC não vai ajudá-lo magicamente a chegar ao topo do mercado.
Em todo caso, não é uma estratégia nova. A Nokia ou o Blackberry passaram por uma situação semelhante. No caso da empresa finlandesa, após o fiasco do acordo com a Microsoft para sinalizar o império “Windows Phone”, acabou aceitando a oferta da HMD Global de manter a marca segura com uma nova abordagem, sob Android One e com terminais atraentes Preço baixo. Da mesma forma, a canadense RIM foi capaz de salvar sua pele graças à empresa TCL.
Tivemos outra história semelhante recentemente em nosso país com a BQ. De facto, este ano prevê-se que comecemos a ver novos telemóveis fabricados pela empresa vietnamita Vingroup com o selo espanhol. Estaremos muito atentos à HTC e ao seu novo rumo, um salto no seu caminho que esperamos que desta vez lhe proporcione melhores momentos.