A nova fase da Apple após o desaparecimento de Steve Jobs parece estar pronta para quebrar algumas das dinâmicas que se repetiam em seu catálogo de terminais móveis. Assim, embora até agora, nos últimos dois anos, o mesmo processador tenha sido proposto no iPhone e no iPad, a tradição pode mudar em 2012, ano em que esperamos ver os novos iPhone 5 e iPad 3.
E é que, como ficamos sabendo por meio de informações publicadas pelos responsáveis por um dos aplicativos que possibilitam a execução do desbloqueio ou do jailbreak dos terminais, o Pwnagetool, a Apple estaria propondo alguns chips de processo para ambos os terminais. Do Pwnagetool referem-se aos dados do departamento de análise da firma financeira Susquehanna Financial, onde afirmam ter tomado conhecimento de alguns dos planos da firma de Cupertino a este respeito.
No entanto, as características que o iPhone 5 e o iPad 3 teriam de seus respectivos processadores ainda não transpareceram. Espera-se que sejam chips dual-core, pelo menos, embora também tenha sido sugerido que o iPhone 5 possa apostar nas unidades quad-core que muitos fabricantes poderiam instalar em seus terminais para as novas linhas que serão apresentadas no ano iminente (a Samsung, por exemplo, já teria pronto um processador da família Exynos baseado em quatro núcleos e projetado para fazer o Samsung Galaxy S3 galopar como um puro-sangue).
A polêmica situação que a Apple vive no setor de processadores está intimamente relacionada à novela que ao longo de 2011 conviveu justamente com a coreana Samsung como co-estrela. E é que os chips de arquitetura ARM que o iPhone e o iPad vêm apresentando eram baseados em tecnologia do fabricante asiático, algo que está ameaçado pelo fogo cruzado que mantêm no sistema judiciário (ou talvez, exatamente o contrário).
Tanto que já se espalhou o boato de que a Apple poderia ter fechado um acordo com a americana Intel para que pudesse desenvolver o processador A6 que teria rodado a partir da conta da Samsung. Porém, a este respeito nada foi oficializado, pelo que de acordo com os dados mais recentes, a distinção de um processador diferente para cada dispositivo pode ter muito a ver com uma segmentação nos fabricantes responsáveis por cada unidade.
