O obstáculo encontrado pelo novo iPad em nosso país tornou-se mais uma vez aparente com o iPhone 5 em termos de conectividade de quarta geração. Durante a apresentação do novo telefone da Apple já estava claro: apenas na Alemanha e no Reino Unido as redes LTE podem ser acessadas de um iPhone 5 na Europa. O resto da Europa terá que esperar. E no caso da Espanha, provavelmente nem isso.
A dúvida está nas faixas de frequência em que opera o novo smartphone das de Cupertino. Em Espanha, de momento, é utilizado o dedicado a 2,6 GHz, no qual Movistar, Vodafone e Orange estão a realizar testes fechados para clientes empresariais. É possível que outra banda, a banda de 800 MHz, pudesse ser usada, mas isso levaria alguns anos. E mesmo assim, o iPhone 5 não é compatível. Com nenhum deles.
O iPhone 5 está disponível em três modelos, dependendo de sua conectividade. Na Espanha, aquele codificado como A1429 será comercializado. Esta edição opera entre as bandas LTE: 2.100 MHz, 1.800 MHz e 850 MHz. Na Europa, é o segundo destes que é habilitado, embora apenas a Alemanha e o Reino Unido sejam os que usufruem, como dizemos. Os outros dois são destinados ao uso em outras regiões extracontinentais, como Austrália, Cingapura, Japão, Coréia do Sul ou Hong Kong.
Neste contexto, e colocando as fichas na mesa, o iPhone 5 não pode e não funcionará no modo LTE na Espanha. A única possibilidade é que a distribuição de frequências vá dançar a água para a Apple, e que os restantes fabricantes de telemóveis adaptem os seus terminais neste sentido em futuros lançamentos destinados ao nosso país.
A história seria que o CMT dobraria seu braço e habilitaria a banda de 1.800 MHz para tráfego de dados LTE de alta velocidade, para que os usuários do iPhone 5 pudessem se conectar a essas redes. Mas, para isso, o mapeamento atual teria que ser modificado, já que atualmente essa frequência é utilizada para canalizar as redes 3G das quatro operadoras que atuam em nosso país. Caso fosse modificado, não haveria problemas: LTE para todos e aqui a paz, e depois a glória.
Porém, pode-se questionar se esse é o movimento que se espera que um órgão oficial faça para a projeção comercial de um produto. Já estamos descobrindo que a Apple determinou o padrão para a identificação de linhas móveis "" o fez impondo o microSIM em detrimento do SIM, e com o iPhone 5 o fez novamente com o nanoSIM em troca do microSIM "" Portanto, a modificação na atribuição de frequências para o uso de redes 4G seria mediada, na prática, pela determinação de um único fabricante.
O iPhone 5 é, como dizemos, o último lançamento da Apple. Ele tem uma tela de quatro polegadas, uma câmera de oito megapixels e um processador duas vezes mais poderoso do que o que conhecíamos no iPhone 4S. Ele também modificou seu conector proprietário, que agora requer um adaptador para usar acessórios de gerações anteriores do telefone.