Vodafone vai demitir 25% de sua força de trabalho na Espanha
Pela terceira vez em seis anos, a Vodafone anuncia um novo ERE em Espanha que, desta vez, irá afectar cerca de 1.200 trabalhadores, ou seja, 25% do seu quadro de pessoal. A empresa os convocou para iniciar o período de consultas no final de janeiro, que vai durar um mês. A empresa argumenta que entre os motivos dessa onda de demissões coletivas estão as preferências dos clientes por ofertas de baixo custo. E, segundo a operadora, quase metade dos registros brutos estão relacionados a ofertas de baixo e médio custo, o que levou ao início de uma reestruturação de custos com o objetivo de competir mais face a face com seus principais rivais do setor.
Em 2013, a Vodafone Espanha deu início a um ERE que resultou no despedimento de 900 trabalhadores da empresa. Dois anos depois, 2015 foi mais uma vez um ano fatídico para os colaboradores da empresa. Na verdade, 1.000 tiveram que deixar seus empregos na operadora. Quatro anos depois, outro ERE lança uma sombra sobre a Vodafone. Nesta ocasião, devido à guerra de preços de baixo custo que mantém com outras empresas. Neste sentido, é necessário destacar o esforço que a Vodafone teve que realizar com a Lowi para aderir à oferta lançada pela Telefónica com a O2 com chamadas ilimitadas + 20 GB, ou convergente das chamadas ilimitadas + 20 GB de dados + 100 MB de fibra simétrica.
A tudo isto deve ser adicionado a sua má decisão de não adquirir o Partidazo ou a Liga dos Campeões por falta de rentabilidade em benefício de Movistar e Orange, seus dois principais concorrentes. Tudo indica, de acordo com os últimos resultados, que a Vodafone só tem bons números na fibra, mas continua a perder clientes na telefonia móvel, banda larga e televisão. O novo CEO mundial, Nick Read, já comentou no início de janeiro sobre um plano para reduzir os custos operacionais anuais em 1,2 bilhão de euros até 2021.O que ele não entrou em detalhes é em quais áreas os cortes ocorreriam. Do mesmo modo, o grupo Vodafone reduziu o valor da sua subsidiária em Espanha em 2.900 milhões de euros devido à reavaliação do futuro negócio que se prevê devido às complicadas condições económicas e comerciais que hoje existem.
No final deste mês, começará a busca por um acordo com os representantes dos trabalhadores. Da Vodafone estão contrariados por terem de cumprir esta medida e pretendem chegar a um bom acordo que beneficie tanto a empresa como os colaboradores.